quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Andorinhão-tesoura.



Andorinhão-tesoura.Reinarda squamata
Período Migratório:
Locais de observação: Mata ciliar rio Cuiabá.
Você encontra essas informações na página 130 do Guia das Aves
A longa cauda graduada produz a silhueta marcante dessa espécie, mais clara do que a anterior. O chamado é muito agudo e repetitivo, único. Voam alto, sobre a mata ciliar, rios e corixos, caçando insetos com mais freqüência no clarear ou entardecer. São ativos, entretanto, durante todo o dia.Buscam as folhas grandes e espalmadas de palmeiras como o carandá e o buriti (esse último ausente da RPPN) para construir uma bolsa de penas e com boca para baixo. Colam as penas com saliva e escondem o pouso na parte inferior das folhas verdes ou velhas. Entram e saem em rápidos vôos, quase invisíveis pela velocidade de entrada. A bolsa também serve para a reprodução, quando é construído um platô interno para os ovos e filhotes.Comum nos buritizais das chapadas do entorno do Pantanal, são menos comuns na planície. Na RPPN, localizada na região do rio Cuiabá em outubro, podendo ter movimentos desconhecidos para fora da planície. Ocorrem no interior das cidades mais arborizadas, usando palmeiras introduzidas no ajardinamento para construir seus pousos.

Andorinhão.



Andorinhão.Chaetura andrei
Período Migratório:
Locais de observação: Brejos, Cambarazal, Campo, Cerradão, Cerrado, Mata ciliar rio Cuiabá, Mata ciliar rio São Lourenço, Mata Seca.
Você encontra essas informações na página 130 do Guia das Aves
A silhueta lembra a de uma andorinha, com asas longas e pontudas, dirigidas para trás como uma flecha. Cauda curta e redonda. Os andorinhões não possuem nenhum parentesco com as andorinhas, tendo o mesmo formato devido à evolução convergente para caçarem insetos em vôo. São parentes dos beija-flores e, como estes, possuem pés e pernas muito pequenos. Jamais pousam em um galho ou fio na horizontal. Ao contrário, agarram-se às superfícies verticais de ocos, folhas ou paredões rochosos quando querem descansar. Para ajudar no apoio, as penas da pequena cauda quadrada possuem pontas duras.De tom cinza escuro, é um pouco mais claro na garganta e cauda. Nas costas, antes da cauda, também são mais claros. Fora essa pequena variação, nenhuma outra cor. Voam rapidamente sobre as copas das matas ou nos cerrados e campos, apanhando insetos enquanto passam em idas e vindas no mesmo local. Essa espécie é migratória no sul do continente e muitas devem passar pela RPPN em seus movimentos no outono/inverno austrais, os quais alcançam a América Central. Reproduz-se em Mato Grosso, ocupando ocos de árvores nos ambientes naturais e adaptando-se a chaminés abandonadas nas cidades e casas. Costumam comunicar-se com chamados finos e agudos, repetidos seguidamente. Presente em toda a reserva, seus números podem aumentar em outubro e março/abril devido a migrantes do sul em suas viagens de ida e volta até o norte do continente.

Andorinha-do-rio.



Andorinha-do-rio.Tachycineta albiventer
Período Reprodutivo: agosto a novembro
Locais de observação: Mata ciliar rio Cuiabá, Mata ciliar rio São Lourenço, Rios, corixos e baías.
Você encontra essas informações na página 197 do Guia das Aves
Como enfatiza o nome comum, muito ligada à água. A semelhança com a outra espécie do gênero torna a identificação difícil, em muitos casos. As melhores características para determinação segura são o tom esverdeado dominante na plumagem das costas, mais notável sob luz intensa e a área branca sobre a asa (foto - embora os juvenis de Tachycineta leucorrhoa também tenham um pouco de branco no mesmo local).Vive em casais, grupos familiares ou solitária, sempre nos rios, corixos e baías. Voa próximo à água, apanhando insetos em rápidos movimentos de ida e vinda. Pousa nas galhadas parcialmente submersas ou raízes saindo de barrancos, às vezes junto com Tachycineta leucorrhoa e Stelgidopteryx ruficollis. São associações ocasionais, já que não se reúne a outras espécies.Faz os ninhos no barranco do rio, às vezes em ninhos abandonados de martim-pescador. Constrói uma tigela no buraco usando capins e materiais macios. As pontes da Transpantaneira entre Poconé e Porto Jofre ou na estrada de Poconé a Porto Cercado, são locais procurados por essa espécie e praticamente cada uma tem o seu casal, quando há água corrente. Os barrancos dos rios Cuiabá e São Lourenço, corixos maiores e o Riozinho também são áreas de reprodução. A distribuição na RPPN está ligada aos dois rios, não sendo notada nas partes norte, central e sul.Encontrada em todo o Pantanal e na maior parte do Brasil, exceto no extremo sul.

Andorinha.



Andorinha.Petrochelidon pyrrhonota
Período Migratório: outubro
Locais de observação: Campo, Cerrado, Mata ciliar rio Cuiabá, Rios, corixos e baías.
Você encontra essas informações na página 201 do Guia das Aves
Padrão migratório como Hirundo rustica, sendo colocada no mesmo gênero em algumas classificações. Muito colorida, a andorinha com mais cores entre todas as do Pantanal. Pode ser confundida com a espécie anterior, embora nunca tenha a cauda bifurcada. Voa em padrões semelhantes e, ocasionalmente, encontram-se grupos das duas espécies em migração. É algo fortuito, já que mantém-se separadas em suas atividades.Há um forte contraste de cores na cabeça, com a testa amarelada ressaltando-se do papo e lados da cabeça avermelhados ou alaranjados. Nas costas, antes da cauda, uma área amarelada ou levemente alaranjada, enquanto a barriga é cinza claro. No peito, uma pequena área mais escura parece um colar, dividindo a garganta do cinza do resto do peito. As aves juvenis são mais claras do que os adultos, apesar de suas cores estarem desbotadas na migração para o sul. Observadas na RPPN durante a primeira e segunda semanas de outubro. Como na espécie anterior, não foram anotadas na migração para o norte, em março. Costuma migrar sobre o cerrado e não foi encontrada em todo o Pantanal.

Andorinha.



Andorinha.Hirundo rustica
Período Migratório: setembro e outubro
Locais de observação: Brejos, Campo, Cerrado, Mata ciliar rio Cuiabá, Rios, corixos e baías.
Você encontra essas informações na página 200 do Guia das Aves
Também uma andorinha norte-americana, com reprodução nos Estados Unidos e Canadá. No final de setembro, com pico em outubro, passa pelo Pantanal em seu caminho para o sul do Brasil, Argentina e Uruguai. No retorno para o Hemisfério Norte, em março, ainda não foi detectada na RPPN.Migra em grupos grandes, com vôos de até 20 metros de altura, com as aves espaçadas entre si no início da manhã, mas todas indo na mesma direção. No meio da manhã ou final do dia começam a usar as correntes de ar quente ascendente e o grupo concentra-se antes de passar para a seguinte. Costumam baixar ao passar pelos rios para beber água, em especial nas horas quentes do dia. No final da tarde, antes de pousarem em arbustos nos brejos, concentram-se novamente e ficam circulando até os últimos raios solares.Graciosa em vôo, destaca-se das demais andorinhas pela cauda bifurcada. As aves passando pelo Pantanal estão com a plumagem desgastada e com pouco brilho, mas nota-se o tom escuro do dorso (azul brilhante em reprodução) e a parte ventral clara lavada de laranja ou vermelho (fortemente avermelhada em reprodução). Garganta amarelada ou alaranjada (parecendo escura à distância nas aves com plumagem mais contrastada). Os juvenis têm a cauda curta e a bifurcação é menos evidente do que nos adultos. Cores ainda mais apagadas do que no adulto em seu caminho para o sul.Mesmo em migração vão caçando insetos em vôo, especialmente nos horários pré descanso noturno.

Andorinha.



Andorinha.Notiochelidon cyanoleuca
Período Migratório: abril a setembro
Locais de observação: Brejos, Cambarazal, Campo, Cerradão, Cerrado, Mata ciliar rio Cuiabá, Mata ciliar rio São Lourenço, Mata Seca, Rios, corixos e baías.
Você encontra essas informações na página 199 do Guia das Aves
A menor espécie de andorinha no Pantanal, onde aumenta seus números a partir de abril. Ocorre em todo o continente sul-americano, exceto a Amazônia, tendo as populações meridionais migrações que as levam até a América Central. Em tais movimentos passam pelo Pantanal ou nele permanecem, conforme indica o aumento no período de baixa das águas.Parece uma versão em miniatura de outra espécie, Progne chalybea. Dorso e capuz azul brilhante, com a parte ventral branca. Em vôo, nota-se que as penas da base da cauda também são escuras, uma característica capaz de diferenciá-la da espécie maior. A cauda é levemente bifurcada. Aves juvenis têm as penas do dorso amarronzadas.Como outras andorinhas, canta muito em vôo, mantendo contato com os outros membros do grupo. É um chilreado longo, iniciado por algumas notas isoladas e terminado por uma ou duas notas mais agudas. Muitas vezes o chamado é o melhor indicativo de sua presença, já que gosta de circular alto sobre a vegetação, caçando insetos.Aparece em toda a RPPN, com maior freqüência sobre os dois rios maiores e a planície de inundação do rio Cuiabá até o Riozinho. Também é comum sobre a mata do corixo do Bebe, ao sul da RPPN. Vive próxima a residências, podendo ser notada sobre o hotel em Porto Cercado, em Poconé e outras cidades pantaneiras ou no centro de Cuiabá.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Andorinha.



Andorinha.Progne subis
Período Migratório: setembro a fevereiro
Locais de observação: Mata ciliar rio Cuiabá, Rios, corixos e baías.
Você encontra essas informações na página 198 do Guia das Aves
Visitante da América do Norte, chega ao Pantanal no final de setembro e permanece até fevereiro, com os maiores números em outubro. Nesse mês, em Porto Cercado, é possível encontrar bandos de até 2000 andorinhas dessa espécie pousadas nos cabos de aço que atravessam o rio Cuiabá ou na torre de rádio do hotel em Porto Cercado.Do tamanho de Progne chalybea, os machos adultos são todo negros com a cauda e as asas cinza escuro. As fêmeas são muito parecidas a essa espécie, tendo uma pequena área clara na testa e quase um colar mais escuro no peito. Como essas características são muito difíceis de ver com a ave movimentando-se ou de longe, os machos servem como melhor referência para identificação positiva. As duas espécies pousam junto e usam os mesmos dormitórios, de maneira que a identificação pode ser complicada. Observando-se o macho, deve-se ter cautela para determinar Progne chalybea.Caçam insetos em bandos, onde todas as andorinhas grandes estão próximas, às vezes com as pequenas também. Nos ambientes naturais do Pantanal, costumam ficar perto dos rios maiores em suas caçadas diárias. No entanto, migrando podem ser vistas em qualquer ponto.Reproduzem-se nos Estados Unidos e pequena parte do Canadá. Os maiores grupamentos são encontrados no norte e oeste do estado de São Paulo, onde dormem em concentrações de até 70.000 andorinhas em parques no meio de cidades como São José do Rio Preto e Ribeirão Preto, entre outras.